Vendas |
Emerson
Borges canta a fauna e a flora do cerrado, com seus verbos nervosos e inquietos,
regidos por preocupação ambiental e movidos unicamente por instinto de defesa.
E assim, seu livro O cerrado vive em mim (Thesaurus,
2011) percorre, adverso à contenção da forma, os caminhos de
uma eloquência verbal muito próxima da crônica de costumes. São árvores, flores,
frutos, rios, lagos, pássaros, insetos a testemunhar a evolução do homem — da
infância até a idade adulta — pelos caminhos da natureza, em perfeita sintonia
com o ambiente em que foi criado.
Daniel Barros, João Carlos Taveira e Emerson Vaz Borges |
Escritos
em versos livres, com rimas consoantes e toantes, os poemas que compõem esta
coletânea trazem, junto ao título, em latim, o nome científico de cada espécie
referida (vegetal ou animal) e, ao pé da página, um verbete dos significados etimológicos
de cada termo. O poeta compete, assim, com o notável botânico Pio Corrêa, em
seu magistral Dicionário de Plantas Úteis
do Brasil. Trata-se de um trabalho minucioso, de importância literária e
ambiental, que há de enriquecer a leitura em diversos níveis de abordagem.
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João Carlos Taveira |
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João Carlos Taveira
é poeta e ensaísta. Tem vários livros publicados e está ultimando mais um de
poesia: Biografia do Instante, que
deverá sair até o fim do ano.
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