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sábado, 4 de março de 2017

Mar de pedras - Fernando Py

TRIBUNA DE PETRÓPOLIS 
25 de maio de 2015 


Fernando Py
Alagoano, Daniel Barros mostrou-se um escritor criativo desde seu primeiro romance, O sorriso da cachorra, basicamente a história de amor dos jovens Patrícia e André, entremeada com as atividades político-partidária de ambos. Barros consegue superar-se no segundo, Enterro sem defunto, uma ficção policial. Nela é mostrado o trabalho do investigador, Alcides, que se ocupa com a perseguição e captura de traficantes. Daniel Barros conta a história de Alcides em vários planos narrativos, onde utiliza com acerto o flash-back, intercala as atividades de Alcides com o envolvimento com diversas mulheres. Apaixona-se por uma delas, a promotora Catarina, obrigada a fugir para não ser morta pelos maiorais do crime. Daniel Barros insiste na situação da corrupção geral porém, habilmente, deixa as coisas correrem para que o leitor as julgue.
Tribuna de Petrópolis
Agora, no terceiro romance, Mar de pedras, é narrada a história de Henry Melo, fotógrafo bastante competente que vive numa vila do interior de Alagoas, e é muito querido pelos habitantes. Como de costume, Barros intercala a narrativa com as aventuras amorosas de Henry, e elas acabam assumindo um papel preponderante no enredo, visto sob vários ângulos. A exemplo de Alcides, ele se apaixona por uma mulher bem jovem, a modelo Francesca, o que lhe confere uma visão nova de sua existência quando a moça engravida.
Thesaurus - 2015
Como personagem em si, Henry Melo é muito mais desenvolvido e detalhado que André e até mesmo Alcides. Mar de pedras é uma prova de que a ficção de Daniel Barros está em contínuo progresso e desperta interesse maior a cada página. 

 Fernando Py



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