Teria sido Zaratrusta?
Tal cão caído de uma mudança
fareja o ar na esperança de saber
de onde vem...
para onde deve ir...
buzinas, carros velozes
não ouvem seus gemidos!
Pessoas, muitas pessoas apressadas,
cheiros diversos desconhecidos,
sequer o olham
- tristes uivos sem qualquer resposta -
nenhuma carroça mais...
Na encruzilhada do Tempo
só ele passa, velho e alquebrado,
tenta, ainda num brado – latidos perdidos -
parar alguém apressado que possa,
por um momento, ouvir seus lamentos
- histórias passadas...alegrias e sofrimentos –
ora perdidos na longa estrada percorrida
que sequer agora se recorda pra que lado fica...
Alceu Corrêa |
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