Que não nos falte nos pulsos o purpúreo sonho,
nem nos fuja dos lábios a palavra viva.
Caminho entre pedras
enquanto as horas escorrem pelas conchas das mãos do tempo
pleno de efêmeras, grávido de auroras.
Não quedo face às ondas do mar do alarde:
pânico e suas vísceras,
mundo e suas máquinas.
Não cedo e meço o passo como aquele soldado russo
em seu último suspiro soviético...
e os dias amanhecem os mesmos,
mas a noite outros novos fogos
contra a paz dos artifícios.
Solidade Lima
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